celebração de casamento judaico

Casamento judaico: tudo o que você precisa saber

Neste post, apresentaremos um guia completo sobre casamento judaico. Conheça as tradições, rituais e significados profundos que cercam essa cerimônia culturalmente rica desde suas origens históricas até o simbolismo de cada ritual.

Continue lendo e compreenda toda a importância e beleza desse evento especial na cultura judaica.

A tradição do casamento judaico

O casamento judaico é uma instituição ancestral que remonta a tempos imemoriais na história do povo judeu. Suas origens podem ser traçadas até os tempos bíblicos, quando as tradições e práticas que ainda persistem hoje começaram a se desenvolver.

Na Bíblia Hebraica, também conhecida como Tanakh, encontramos referências e relatos de casamentos judaicos, alguns dos quais datam de milhares de anos atrás. A prática do casamento era considerada vital para a continuidade da família e da linhagem, bem como para a perpetuação dos princípios e crenças culturais judaicas.

Um dos primeiros relatos bíblicos de casamento é encontrado no livro de Gênesis, com a história de Isaac e Rebeca. Esse relato narra como um servo de Abraão foi enviado para encontrar uma esposa adequada para Isaac, estabelecendo assim a tradição de escolher parceiros adequados da comunidade e da fé.

Ao longo dos séculos, o casamento judaico foi influenciado por diferentes culturas e contextos históricos. No entanto, a essência da cerimônia manteve-se fiel às suas raízes, com ênfase na importância da família, da comunidade e do compromisso mútuo.

Com a Diáspora judaica, a prática do casamento judaico espalhou-se por diversas regiões do mundo, adaptando-se a novos costumes e tradições locais, mas preservando sempre os valores e princípios fundamentais da cultura judaica.

O casamento judaico na atualidade

Atualmente, o casamento judaico continua a ser celebrado como uma das cerimônias mais significativas e memoráveis na vida de um judeu. É uma ocasião que une não apenas duas pessoas, mas toda uma comunidade, e destaca a importância da continuidade da tradição judaica através das gerações.

Portanto, o casamento é uma prática que transcende milênios e permanece como uma lembrança viva da história e da identidade cultural do povo judeu. Essa tradição, profundamente enraizada, continua a ser uma celebração emocionante e uma afirmação do compromisso comunitário e espiritual que perdura até os dias de hoje.

O passo a passo do casamento judaico

O casamento judaico é uma cerimônia rica em rituais e simbolismos, que possui um passo a passo tradicional e significativo. A seguir, descrevemos os principais elementos desse evento especial:

Antes da cerimônia

Ketubá (Contrato de casamento)

O Ketubá é um elemento fundamental e significativo no casamento judaico, sendo um contrato de casamento que estabelece os direitos e deveres do noivo para com a noiva. Com raízes antigas e profundas, essa tradição é uma das mais antigas formas de contrato matrimonial conhecidas na história da humanidade.

O termo “Ketubá” tem origem hebraica e significa “escrito”. Esse documento é frequentemente redigido em aramaico, uma língua que era comum na época em que o Ketubá foi desenvolvido. O texto varia de acordo com as tradições e as comunidades judaicas, mas, em geral, contém cláusulas que estipulam os direitos da noiva. Tradicionalmente, ele é assinado apenas pelo noivo.

imagem de um contrato de casamento judaico
Contrato matrimonial judaico (Ketubá). Créditos: Acervo MUJ/Divulgação

Além disso, o Ketubá também inclui disposições financeiras, especificando a responsabilidade do marido em fornecer sustento à esposa e como a propriedade será dividida em diferentes situações. Esse aspecto do contrato reflete o desejo de proteger os direitos e o bem-estar da esposa dentro do casamento.

Porém, o Ketubá não é apenas um contrato legal, mas também um documento romântico que expressa o amor e o compromisso entre o casal. Tradicionalmente, o texto pode incluir poesia ou frases poéticas que celebram o amor e o respeito mútuo entre o noivo e a noiva.

Durante a cerimônia de casamento judaico, o Ketubá é lido em voz alta para a assembleia de convidados. As duas testemunhas designadas para o casamento também assinam o contrato, validando-o legalmente. Esse ato simboliza o reconhecimento da comunidade e da sociedade da união do casal.

Kabbalat Panim

O Kabbalat Panim é uma parte significativa e emocionante do casamento judaico. Esse momento ocorre antes da cerimônia principal e é uma oportunidade para os noivos receberem seus convidados, compartilharem alegria e receberem bênçãos antes de dar o próximo passo em suas vidas juntos.

Tradicionalmente, o Kabbalat Panim acontece em duas salas separadas – uma para o noivo e outra para a noiva. Os amigos e familiares de ambos os lados são convidados a entrar nessas salas, onde têm a chance de cumprimentar, abraçar e oferecer votos de felicidade aos noivos.

Nessas salas de recepção, a atmosfera é cheia de emoção e expectativa. Os convidados compartilham histórias, expressam sua alegria e apoio ao casal e celebram a união que está prestes a acontecer. Para muitos, essa é a primeira oportunidade de ver os noivos juntos em seus trajes especiais e sentir a energia de amor e entusiasmo que envolve a ocasião.

Para os noivos, o Kabbalat Panim é um momento íntimo para refletir sobre o passo importante que estão prestes a dar. Eles se preparam emocionalmente para a cerimônia que se aproxima e são lembrados do apoio e carinho daqueles que os cercam. É um momento de fortalecer os laços familiares e de amizade, de agradecer por todas as bênçãos recebidas até aquele momento e de se sentirem amados e apoiados por sua comunidade.

Além disso, durante o Kabbalat Panim, é comum que os noivos sejam abençoados por pessoas mais velhas da família ou membros da comunidade. Essas bênçãos são consideradas especiais e têm um significado profundo para os noivos, pois recebem votos de felicidade, prosperidade e sucesso em sua nova jornada juntos.

Badeken (O Véu da Noiva)

O Badeken é um momento de profundo significado e simbolismo. Essa tradição é realizada pouco antes da cerimônia na Chuppah. A prática tem suas origens nos relatos da história de Isaac e Rebeca, assim como Jacó e Leia, mencionados na Torá.

No Badeken, o noivo, acompanhado por seus pais e outros homens da família, vai até onde a noiva está e cobre seu rosto com um véu. Essa ação é repleta de simbolismo e pode ser interpretada de várias maneiras.

O Badeken é um momento tocante e emotivo, carregado de emoções para a noiva, noivo e seus entes queridos. Representa o ato de se preparar para o casamento sagrado e a expressão tangível do compromisso do casal em aceitar um ao outro plenamente, com todas as suas virtudes e peculiaridades, conforme embarcam juntos em sua jornada matrimonial.

Essa tradição confirma a importância do amor verdadeiro e do respeito mútuo no casamento judaico, bem como conecta o presente com a rica história e espiritualidade do povo judeu. É uma forma de reafirmar a relevância e a continuidade de antigas tradições em um mundo em constante mudança, onde o amor e o respeito pelos valores fundamentais ainda ocupam um lugar central.

Cerimônia

Chuppah

A palavra “Chuppah” tem origem hebraica e significa “cobertura” ou “dossel”. É uma estrutura temporária e aberta, geralmente sustentada por quatro colunas, formando um teto simbólico, mas não fechado em todos os lados. Essa abertura representa a hospitalidade e a disposição do casal em receber amigos e familiares em seu novo lar, enfatizando a importância da comunidade e do apoio mútuo.

O Chuppah é colocado em uma área central da cerimônia, e é sob ele que o casamento ocorre. Ele pode ser feito de diferentes materiais, como tecidos bonitos ou flores, e é frequentemente decorado de maneira especial, refletindo a personalidade e estilo do casal.

chuppah com cadeiras em primeiro plano
Chuppah tradicional de um casamento judaico

A tradição do Chuppah tem suas origens no Antigo Testamento da Bíblia, especificamente no livro do Gênesis. O conceito do Chuppah remonta aos tempos bíblicos, quando os casamentos eram realizados ao ar livre, geralmente sob a sombra de uma tenda ou dossel. A tenda era um símbolo da nova casa que o casal estaria compartilhando e também simbolizava a proteção, a bênção e a presença divina.

Nas comunidades judaicas ashkenazitas (ocidentais), é comum que ao chegarem ao chupá, a noiva, os pais e em alguns casos, até mesmo os avós, circundarem o noivo sete vezes. Tal gesto representa os sete dias da Criação.

Durante a cerimônia, o casal fica sob o Chuppah acompanhado pelos pais e padrinhos, representando o apoio e a bênção de suas famílias. O rabino ou oficiante conduz a cerimônia, que inclui a troca de votos e anéis, a recitação das sete bênçãos (Sheva Brachot) e outros rituais tradicionais.

Após a cerimônia, o Chuppah é tradicionalmente dobrado e guardado como lembrança do dia especial. Alguns casais também escolhem usar um pedaço do tecido do Chuppah para criar um objeto significativo em sua casa, como uma almofada ou um quadro.

Kidushin

A tradição do Kidushin é um dos pilares centrais do casamento judaico e representa um momento de profundo significado e conexão espiritual entre o casal. O termo “Kiddushin” deriva do hebraico e significa “santificação” ou “consagração”, e é exatamente isso que essa etapa do casamento busca alcançar. Essa tradição está enraizada em séculos de história e é um testemunho da continuidade das práticas judaicas ao longo das gerações.

O kidushin é a primeira parte do casamento judaico e tem início com a bênção sobre um copo de vinho. O objetivo é agradecer e louvar ao Criador, que proporcionou a santidade do matrimônio. Noiva e noivo bebem deste vinho. Por representar a vida, no casamento judaico, todas as bênçãos são feitas sobre o vinho.

O ato central do kidushin é a entrega da aliança pelo noivo e sua aceitação pela noiva. Esse ato é carregado de significado e simboliza o vínculo entre o casal. Enquanto desliza o anel no dedo da noiva, o noivo recita uma bênção especial, proclamando: “Com este anel te consagro a mim, conforme a lei de Moisés e de Israel”. Após o pronunciamento feito diante de duas testemunhas, uma aliança simples de ouro é colocada no dedo indicador direito da noiva.

noivo em um casamento judaico colocando um anel no dedo indicador direito da noiva
Momento em que o noivo coloca o anel no dedo indicador da mão direita da noiva

Em seguida, é realizada a segunda parte da cerimônia denominada Nissuin. Nessa etapa, sobre um cálice de vinho são recitadas novamente as sete bênçãos (Sheva Brachot). Essa é uma forma de enaltecer e agradecer a Deus por suas obras. Após a recitação, o noivo bebe outro cálice de vinho e, em seguida, a noiva.

Sheva Brachot (Sete Bênçãos)

Após o Kidushin, a consagração do casal, e a troca de anéis, os recém-casados têm a honra de receber essas bênçãos especiais.

As Sete Bênçãos são uma série de preces e desejos que celebram a união do casal e abençoam o início de sua jornada como marido e mulher. Cada uma das bênçãos é única em seu conteúdo e significado, mas todas compartilham o desejo de felicidade, alegria, amor e harmonia para o casal.

Geralmente, elas são recitadas por amigos e familiares próximos, convidados especiais ou membros da comunidade. Cada bênção é anunciada por uma pessoa diferente, tornando esse momento ainda mais significativo, pois várias vozes se unem para abençoar o casal em sua nova jornada juntos.

cálice de vinho de casamento judaico
Cálice utilizado em celebração de casamento judaico. Créditos: Acervo MUJ/Divulgação

Após as bênçãos, é comum que o casal beba novamente de uma taça de vinho compartilhada, simbolizando sua nova união e alegria compartilhada. Essa taça também é uma lembrança das bênçãos derramadas sobre eles durante a cerimônia e os dias subsequentes.

Ao longo dos sete dias após o casamento, o casal é convidado a receber as bênçãos novamente em cada uma de suas refeições festivas, em celebrações com amigos e familiares ou em eventos comunitários. Essa prática reforça a importância das bênçãos em suas vidas e a contínua celebração de seu amor e compromisso.

Quebra do Copo

Ao final da cerimônia ocorre a tradicional quebra do copo, logo após a recitação das Sete Bênçãos (Sheva Brachot).

Assim como outras etapas do casamento judaico, a quebra do copo também tem um forte simbolismo. De acordo com o Rabino David Weitman, esse é um costume observado em todas as correntes do judaísmo (ortodoxa, reformista e conservadora) e é realizado pelo noivo com o pé direito.

Uma das explicações mais comuns é que a quebra do copo é um lembrete da destruição dos Templos Sagrados em Jerusalém, que foram centros espirituais e culturais do povo judeu na antiguidade. Além disso, o ato também representa o desejo da reconstrução desses lugares sagrados.

Outros significados da quebra do copo incluem: um lembrete das primeiras Tábuas da Lei, quebradas após o “Grande Casamento” entre Deus e o povo de Israel; e também a ideia de que somos como vidro, que mesmo quebrado, pode ser reconstituído.

um pé com sapato preto sobre um copo de vidro envolto em um pano branco
Quebra do copo é um dos momentos mais simbólicos do casamento judaico

Em resumo, essa tradição evoca reflexões sobre a natureza da vida, a importância da humildade e a esperança em meio às adversidades.

Após a quebra do copo, é comum que os convidados presentes respondam com um tradicional “Mazel Tov!”, expressando seus votos de felicidade e boa sorte ao casal.

Yichud (Isolamento)

O Yichud, também conhecido como “isolamento” ou “reclusão”, é outra tradição importante no casamento judaico. Essa prática representa um momento íntimo e especial para o casal recém-casado, permitindo que eles compartilhem alguns momentos a sós, longe dos convidados e da agitação da celebração.

Após a troca de alianças e a quebra do copo, o casal é conduzido a uma sala privada ou aposento especialmente preparado para o Yichud. Lá, eles têm a oportunidade de se conectar em um ambiente tranquilo e reflexivo, desfrutando da companhia um do outro como marido e mulher pela primeira vez.

Essa tradição tem raízes antigas e é profundamente enraizada no conceito judaico de preservar a intimidade do casal. Ela simboliza o início da vida matrimonial, um momento em que o casal pode se conhecer melhor, compartilhar suas emoções e aspirações, e solidificar sua nova relação.

Além disso, o Yichud também possui um significado espiritual. Representa a união das almas e a proximidade do casal com Deus.

O período de Yichud geralmente dura cerca de 10 a 20 minutos, mas pode variar dependendo da tradição específica ou das preferências do casal.

Após o Yichud, o casal retorna aos convidados e à festa, iniciando a celebração do casamento com alegria e entusiasmo renovados.

Seudat Mitzvah (Banquete de Casamento)

O Seudat Mitzvah, também conhecido como o Banquete de Casamento, é uma parte central e festiva do casamento judaico. Os convidados e a família se reúnem para celebrar a união do casal em um banquete alegre e especial. Essa refeição é considerada uma mitzvá, que significa uma boa ação ou um mandamento religioso, e é tratada como uma ocasião sagrada.

O Seudat Mitzvah é muito mais do que apenas um jantar comum. É uma celebração que expressa a alegria e a felicidade compartilhadas não apenas pelo casal, mas por toda a comunidade. É também uma oportunidade para familiares e amigos se unirem para celebrar o amor e o compromisso do casal e desejar-lhes bênçãos para uma vida feliz e bem-sucedida juntos.

imagem de um buffet de comidas
Em um casamento judaico, a comida é uma celebração dos sabores e cultura

Durante o Seudat Mitzvah, é comum que haja discursos e brindes em homenagem ao casal, compartilhando palavras de felicitações, sabedoria e encorajamento. Os brindes são acompanhados de vinho, que é uma bebida simbólica em muitas tradições judaicas, representando a alegria e a bênção.

O banquete geralmente inclui uma refeição festiva com uma variedade de pratos tradicionais judaicos, como frango, peixe, kugel, tsimmes e muito mais. A comida é cuidadosamente selecionada para refletir a alegria e a abundância da ocasião.

Alimentação Kosher

Outro ponto importante é em relação ao modo de preparo dos alimentos ofertados no banquete, que devem seguir regras alimentares especificadas nas leis judaicas. Essas leis estabelecem quais alimentos são permitidos e quais são proibidos para os judeus consumirem, além de especificar como os alimentos devem ser preparados e processados.

No contexto de um casamento judaico, servir comida kosher é de extrema importância para muitos casais e suas famílias, pois representa o compromisso de seguir as tradições religiosas e respeitar as práticas culturais. A comida kosher também é uma forma de garantir que todos os convidados judeus possam participar da celebração, independentemente do seu nível de observância religiosa.

Para ser kosher, a comida deve atender a vários requisitos, incluindo:

  • Animais permitidos: A carne de animais kosher, como bovinos, ovinos e aves (a exceção das aves de rapina), é permitida. Porém, nem todos animais são considerados apropriados para o consumo, como é caso dos não ruminantes e daqueles que possuem casco fendido (porco, por exemplo). Além disso, a carne deve ser preparada seguindo um processo específico de abate que atenda aos padrões kosher.
  • Ausência de carne e leite misturados: A tradição judaica proíbe a mistura de carne e produtos lácteos em uma mesma refeição. Portanto, um casamento kosher geralmente oferecerá opções de carne ou laticínios, mas não ambos, em um mesmo cardápio.
  • Peixes com barbatanas e escamas: O peixe deve possuir barbatanas e escamas. Peixes como salmão, truta e arenque são geralmente permitidos.
  • Utensílios e pratos kosher: A preparação e o serviço da comida também devem seguir as leis kosher. Isso inclui o uso de utensílios e pratos separados para carne e laticínios.

Além da comida específica, é comum que o Seudat Mitzvah seja realizado em uma sinagoga ou salão de festas e seja organizado de acordo com as tradições e costumes judaicos. A música e a dança também são elementos essenciais da celebração, criando um ambiente de alegria e animação.

Dicas para planejar um casamento judaico

Planejar um casamento judaico, como qualquer casamento, envolve muitos detalhes. Por isso, destacamos abaixo alguns pontos essenciais:

Data e Local

Primeiramente, é necessário definir uma data e um local para o evento. No entanto, tenha em mente que há alguns dias no calendário judaico durante os quais os casamentos tradicionalmente não são realizados, como o Shabat e a maioria dos feriados judaicos.

Celebrante

É necessário definir um celebrante para o casamento, que geralmente é um rabino. Certifique-se de que o rabino esteja disponível na data que você escolheu e discuta com ele as suas preferências para a cerimônia.

Comida

Como mostramos, a comida é um aspecto essencial dos casamentos judaicos. Nesse sentido, será necessário providenciar um serviço de buffet kosher. Algumas comunidades judaicas também têm costumes específicos sobre o tipo de alimentos e bebidas servidos em casamentos.

Chupá

Outro ponto importante é em relação à escolha da chupá, dossel sob o qual a cerimônia de casamento é realizada. É aconselhável providenciar uma chupá que seja adequada para o local e que reflita o estilo pessoal do casal.

Ketubah

Assim como a chupá, o contrato de casamento (ketubah) também é outro aspecto essencial. O casal pode encomendar uma ketubah personalizada que reflita o seu compromisso um com o outro e que seja uma bela obra de arte para pendurar em sua casa.

Música

A escolha das músicas para a cerimônia e a recepção também é outro ponto importante. Elas podem ser tradicionais. Além disso, é comum realizar um tipo de dança conhecido como Hora, onde os noivos se sentam em cadeiras e são erguidos acima dos ombros pelos seus convidados.

Sheva Brachot

Para fechar, o casal deve definir quem vai recitar cada uma das bênçãos dos Sheva Brachot. Existem várias abordagens e tradições para selecionar as pessoas que farão as recitações, como rabinos ou líderes religiosos, parentes próximos, amigos íntimos ou pessoas influentes na comunidade.

A escolha do vestido de noiva no casamento judaico

A escolha do vestido de noiva para um casamento judaico é uma decisão emocionante e significativa, pois envolve a consideração de valores culturais e religiosos, além do estilo pessoal da noiva.

Ao escolher o vestido é importante considerar alguns pontos, tais como:

Discrição

A discrição é um valor essencial no judaísmo, e muitas noivas judias optam por vestidos que cubram os ombros, braços e colo. Vestidos com mangas compridas, golas altas ou modestas são comuns para atender a essas diretrizes culturais.

três estilos diferentes de vestido de noiva
O vestido de noiva perfeito equilibra tradição, modéstia e estilo pessoal

Tradição judaica e estilo pessoal

Muitas noivas judias combinam elementos da tradição judaica com seu estilo pessoal no vestido. Elas podem escolher vestidos de noiva elegantes e contemporâneos que ainda estejam de acordo com as normas de modéstia.

Detalhes simbólicos

Algumas noivas escolhem adicionar detalhes simbólicos ao vestido, como bordados com símbolos judaicos ou elementos que representem a sua fé, tornando o vestido ainda mais especial e único.

Praticidade e conforto

O casamento judaico geralmente envolve várias cerimônias e rituais, e a noiva deve se sentir confortável e pronta para participar de todas as etapas do casamento. A praticidade do vestido é, portanto, um fator essencial.

Respeito às tradições familiares

Algumas famílias têm tradições específicas relacionadas ao vestido de noiva em casamentos judaicos. A noiva pode optar por honrar essas tradições familiares em sua escolha. No entanto, em comunidades reformistas, conservadoras ou reconstrucionistas, as noivas podem optar por estilos de vestido mais contemporâneos e menos tradicionais.

Principais dúvidas sobre casamento judaico

Qual é a ordem de entrada nesse tipo de celebração?

O cortejo em um casamento judaico pode variar dependendo das tradições locais e pessoais, mas geralmente, é definida a seguinte ordem:

  • Rabino;
  • Avós da noiva;
  • Avós do noivo;
  • Padrinhos do noivo;
  • Noivo, acompanhado de seus pais;
  • Madrinhas;
  • Damas de honra;
  • E por último, a noiva acompanhada de seus pais.

Qual o presente ideal para presentear os noivos?

Escolher o presente de casamento judaico ideal depende muito das preferências e necessidades pessoais dos noivos. Aqui estão algumas sugestões:

  • Artigos judaicos: Entre os artigos judaicos mais significativos para presentear os noivos estão o kiddush (copo de vinho para o Shabat),o mezuzá (pequeno pergaminho dentro de um estojo que é pendurado no batente da porta), castiçais de Shabat, ou um talit (xale de oração);
mezuza de casamento judaico
Mezuzá, objeto de devoção para casa. Créditos: Acervo MUJ/Divulgação
  • Doações: Se os noivos têm tudo de que precisam, uma doação para uma instituição de caridade em nome deles é um gesto significativo;
  • Arte: Uma peça de arte bonita ou um item de decoração para a casa dos noivos também é um presente de casamento maravilhoso;
  • Experiências: Dependendo da personalidade dos noivos, um presente de experiência, como aulas de culinária, ingressos para um concerto ou uma viagem, pode ser um presente memorável.

Existe algum modelo de aliança recomendado pela cultura judaica?

Tradicionalmente, a aliança do casamento judaico deve ser completamente lisa e sem enfeites, incluindo pedras preciosas, inscrições ou gravações.

Em termos de formato, o anel deve ser completamente redondo. Este formato simboliza um casamento sem fim, com amor e compromisso que continuarão indefinidamente.

Vale ressaltar que essas tradições variam a depender da comunidade judaica específica e do nível de observância religiosa do casal. Portanto, é sempre melhor consultar o rabino ou líder espiritual que está oficiando o casamento se você tiver alguma dúvida.

Os convidados podem receber quipás personalizados para o casamento?

Sim, os convidados podem receber quipás (também conhecidos como yarmulkes) personalizados para um casamento judaico. É uma prática comum oferecer quipás aos convidados como uma lembrança do casamento. Eles geralmente ficam em uma cesta ou bandeja na entrada da cerimônia para que os convidados possam pegar ao chegarem.

quipá tradicional
Quipá de veludo. Créditos: Acervo MUJ/Divulgação

Lembre-se, no entanto, que a ideia por trás do uso da quipá é mostrar respeito a Deus e reconhecer a divindade acima de nós. Portanto, ao personalizá-lo, é importante manter essa intenção em mente.

Como é feita a decoração de um casamento judaico?

A decoração de um casamento judaico varia muito dependendo do gosto dos noivos, do local do casamento, da época do ano e do nível de formalidade do evento. A seguir, apresentamos cinco inspirações de estilos de decoração:

  • Clássico: Um estilo clássico de decoração de casamento pode incluir flores brancas, velas, tecidos luxuosos e detalhes em ouro ou prata. O foco é na elegância e na sofisticação. A chupá pode ser decorada com flores brancas e tecidos de chiffon ou seda, por exemplo.
  • Rústico: Para um casamento com tema rústico, considere usar elementos naturais como madeira, flores silvestres e pontos de luzes. A chupá pode ser feita de troncos de árvore com um tecido simples e adornada com flores silvestres.
  • Jardim: Um casamento ao ar livre pode se beneficiar de uma decoração de jardim, com muitas flores, plantas, guirlandas e detalhes em tons pastéis. Para quem gostou desse estilo, uma ótima dica é decorar a chupá com uma abundância de flores e folhagens verdes.
  • Praia: Para um casamento na praia, pense em cores inspiradas no oceano, conchas, areia e talvez uma chupá de bambu com tecido branco fluido e flores tropicais.
  • Moderno: Já para quem prefere um estilo mais moderno, é possível combinar cores ousadas com detalhes minimalistas. A chupá pode ser simples e elegante, talvez com alguns arranjos florais modernos ou detalhes geométricos.

É possível encontrar mesa de bolos e doces em um casamento judaico? Existe bem-casado como lembrancinha?

Sim, é comum ter uma mesa de bolos e doces em um casamento judaico. Como em qualquer casamento, eles são uma maneira deliciosa de celebrar a ocasião. A chave é garantir que todos os alimentos servidos estejam de acordo com as leis dietéticas judaicas (kashrut). Por exemplo, se a refeição principal for à base de carne, os doces e o bolo de casamento devem ser pareve (sem laticínios).

bolo de casamento
Mesa de bolo em um casamento judaico

Em relação ao bem-casado, uma lembrança popular em celebrações brasileiras, ele pode ser incorporado a um casamento judaico, contanto que também siga as leis dietéticas. Entretanto, não é uma tradição específica dos casamentos judaicos.

As lembranças mais comuns incluem quipás personalizadas, pequenas caixas de doces, garrafas de vinho, velas, ou amuletos de sorte. A escolha das lembranças depende muito do gosto pessoal dos noivos e das tradições específicas de suas famílias ou comunidades.

Existe algum modelo de convite de casamento indicado para esse tipo de celebração?

Os convites de casamento judaicos geralmente contêm os mesmos elementos básicos de qualquer convite de casamento, como os nomes dos noivos, a data, a hora e o local da cerimônia.

A escolha do vestido para a mãe da noiva precisa seguir alguma regra?

Assim como a noiva, a mãe da noiva em um casamento judaico também deve se vestir de maneira respeitosa e modesta, especialmente em casamentos ortodoxos ou conservadores.

Geralmente, a mãe da noiva usa um vestido de comprimento até o chão para um casamento formal. No entanto, para casamentos mais informais ou durante o dia, é possível usar um vestido de comprimento pelo joelho ou midi.

Já em relação às mangas, é preferível que elas sejam três quartos ou mangas longas, especialmente para casamentos em sinagogas conservadoras ou ortodoxas.

Assim como no caso de outros tipos de celebração, no casamento judaico, a mãe da noiva deve evitar usar branco ou marfim para não competir com a filha. Tons pastéis, metálicos ou cores ricas e profundas são boas escolhas.

Na Maison Arthur Caliman, você encontra diversos modelos de vestidos para mãe da noiva para diferentes eventos, como casamentos judaicos. Veja dois modelos incríveis nos croquis abaixo:

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